O último sorriso na Cidade Partida - Os Arquivos de Fetch Phillips, 01 - Luke Arnold

 

Título: O último sorriso na Cidade Partida

Autor: Luke Arnold

Páginas: 304

Ano: 2021

Editora: Trama

Gênero: Distopia / Fantasia / Ficção / Literatura Estrangeira

Adicione: Skoob

Onde Comprar: Amazon
Nota: 

Sinopse: Fetch Phillips carrega nas costas uma imensa culpa, maior do que muita gente pode acreditar. Estando no fundo do poço, como último recurso ele aceita investigar o desaparecimento de um professor vampiro em uma escola das redondezas. É isso ou a morte. A tentação de se atirar pela janela de seu escritório está ficando cada vez mais difícil de resistir. Enquanto isso, Sunder City está devastada. Nesta cidade distópica, enfrentando a aridez do pós-guerra e a falta de magia, as criaturas imortais vão desaparecendo e dando lugar a grotescas formas inacabadas, retorcidas: a sociedade, a indústria, a política e a cultura se corrompem, as raças mágicas caem... e os humanos têm uma nítida ascensão. O que fazer para que a magia volte? As esquinas sombrias de Sunder escondem todo tipo de segredos, e Fetch, um sujeito inescrupuloso, irônico e nada confiável, está prestes a encontrar um problema que talvez seja grande demais.

Resenha:

“Eu só tinha trinta e poucos anos, mas estava velho. Não se mede idade em anos, se mede em lições aprendidas, erros repetidos e na dificuldade de forçar alguma esperança no seu coração.”

Oi pessoal

Minha indicação de hoje é uma leitura que foi impossível não devorar!

O último sorriso na Cidade Partida, é uma fantasia distópica, escrita pelo autor Luke Arnold, e se este nome não lhe é estranho, significa que você gosta de algumas boas séries, já que ele é um ator, famoso por séries como Black Sails.

Pelo que pude descobrir está é sua estreia como autor, e já chamou a minha atenção!

Publicado no Brasil, pela editora Trama, o livro é maravilhoso, uma capa linda, e diagramação limpa e confortável para leitura.

O que fazer quando a magia acaba?

Foi essa a pergunta que me fisgou para essa leitura.

“Um bom homem é feito por uma vida de serviços. Um grande homem é feito por seus monstros.”

Em O último sorriso na Cidade Partida, vamos conhecer Fetch Phillips, um humano, que vivia em um mundo fantástico, repleto de magia e criaturas maravilhosas, terríveis e donas das mais variadas magias.

Bom, ele vivia, pois algo aconteceu há cerca de sete anos e tudo mudou.

As criaturas ainda existem, mas não há mais magia. Algo não somente partiu a cidade, mas o mundo!

E é neste novo mundo, que já foi grandioso que Fetch vive: ele acorda, sente culpa, tenta trabalhar, sente culpa, bebe, sente culpa, se mete em encrencas... e por ai vai. Ele é atualmente um investigador particular, tentando fazer algum bem, por Sunder City.

E é quando contratado para descobrir o paradeiro de um vampiro secular, que ele acaba esbarrando em algo, que pode trazer esperança para um coração que nem sequer imaginava que batia ainda, ou destruir tudo, de novo, de uma forma ainda mais épica. E tendo o histórico de estragar algumas coisas que ele tem, ele nem quer imaginar para que lado isso vai.

Luke Arnold, tem uma escrita inteligente e criativa, o mundo que ele criou, as misturas de raças, criaturas e magias, foi muito interessante, todo Lore que ele esboçou para o seu mundo o tornou algo que seria maravilhoso, mas foi destruído, e quando olhamos mais de perto, vemos que nada foi totalmente maravilhoso, mas o que era...

Era fantástico.

“Fetch Phillips: estraga-prazeres profissional. Se tem alguma coisa que ele não pode estragar... amigão, a gente ainda não descobriu.”

Temos um personagem sem poderes, mas com um passado repleto de significado, temos uma investigação, os personagens desaparecidos forçam Fetch a buscar por eles com uma ansiedade, já que mais do que nunca seus sentimentos e o desejo de ser uma pessoa que faça algo bom, o impelem.

O que nos entrega algumas cenas engraçadas e outras tristes.

“- Quer prova, Fetch? É só olhar no espelho. Você se agarra à culpa como se fosse um salva-vidas. Com tanta raiva de si mesmo e do seu pessoal...”

É um livro de fantasia, sem magia, mas ela ainda é algo importante na narrativa. Porém, o principal, é o protagonista, ele é terrivelmente humano, ou seja, capaz de grandes coisas incríveis, ao mesmo tempo que é capaz de muita burrice e erros grotescos. Mas para mim, foi um personagem que gerou uma empatia muito grande, conforme vamos conhecendo ele e seu passado, já da para imaginar o que houve com ele, e estou aqui para dizer: Errou, mas nossa, esperavam o que? 

Bom, o que dizer, um livro bem escrito, primeiro de uma série, mas contêm um arco inteiro concluído neste primeiro livro, com outros possíveis ganchos para os próximos.

Indico para quem gosta de uma boa fantasia para o publico adulto, personagens complexos, distopias e tramas onde não existem mocinhos ou vilões... Todos podem ser ambos.

“O corte que causa a infecção... Às vezes os monstros parecem monstros...”

Espero eu tenham gostado da indicação e até a próxima.